domingo, 23 de outubro de 2011

O carteiro me faz feliz!

Bom dia! Espero que na casa de vocês esteja o mesmo frio e a mesma neblina que cobre Poços de Caldas hoje, nunca tinha visto um final de outubro tão agradável por essas bandas! Hoje vim contar para vocês sobre minha relação com o carteiro: sem meias palavras, eu o amo! Numa era digital de emails e blogs, vocês não imaginam a minha emoção quando vejo o pobre subindo o morro de amarelo e com a bolsa pesada. Dá até frio na barriga pra saber se ele vai parar por aqui: uma cartinha especial, uma encomenda muito aguardada ou uma delicadeza inesperada. Não é que o carteiro ontem trouxe duas dessas coisas? E eu vim aqui hoje só para mostrar para vocês!
A Patty nos mandou um presente de casamento lindo, que tanto namorido quanto eu amamos e pelo qual já estamos lutando: eles está morrendo de vontade de estrear, e eu com peso na consciência  porque é delicado demais para ser usado além de na decoração, olha só!
 
Patty, nós amamos, muito obrigada!
Além disso, o meu amigo carteiro (ele já me trata até pelo nome, então é amigo!) trouxe algo que eu encomendei há um mês e já estava sem esperanças de receber: a lembrancinha do casamento! Parece que está em voga distribuir essas latinhas e eu achei a imagem super adequada ao tema!
Espero que tenham gostado, e que a semana de vocês seja maravilhosa!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Elogio e loucura

Lembra que eu falei aqui sobre sinceridade demais? Ontem eu vi uma cena surreal que me fez pensar mais sobre o assunto: basicamente uma colega de trabalho falou para outra, com quem não tem a mínima intimidade, sobre como ela estava barriguda, o que estava acontecendo que ela tava engordando tanto. Isso em voz alta e na presença de vários outros colegas de trabalho. Tem dó, né?!Achei absolutamente inconveniente e falei na hora “ Isso é lá coisa que se diga?”. Não adiantou nada, mas pelo menos manifestei minha indignação de gordinha que não quer ser reparada e muito menos advertida sobre o fato.

Esse episódio me fez querer escrever sobre uma coisa que aconteceu há algumas semanas e eu ainda estava digerindo: um elogio bem intencionado que foi mal aceito. Eu, como gordinha, sempre reparo quando alguém emagrece, e como sei que as mulheres geralmente gostam que notem que elas emagreceram (pelo menos a de meu convívio) comentei com uma colega de trabalho com quem converso às vezes:

-Nossa, como você emagreceu! - E abri aquele sorrisão.
A pessoa ficou olhando pra mim por uns 30 segundos sem falar nada, com uma cara meio esquisita, meio feia. Aí emendei:

-Isso é um elogio!

Ai ela deu um sorriso e falou:

-Ah, se é um elogio... obrigada.

Basicamente, a pessoas estava cheia de problemas pessoais que eu desconhecia na ocasião e que não vêm ao caso, e por isso estava emagrecendo. Ela via a magreza como um reflexo de todas as coisas ruins que estavam acontecendo e por isso, não via como bom estar magra.

Tudo isso para contar para vocês que eu aprendi uma lição valiosa: até para elogiar é preciso conhecer bem a pessoa. Eu nunca tive o hábito de fazer falsos elogios ou “puxar saco”, mas depois desse “causo” fiquei muito mais ponderada antes de abrir minha boca, e pode parecer óbvio para vocês, mas interiorizei a ideia de que nem sempre o que é bom ou bonito para mim, o seja também para o outro.
P.s: Faltam 23 dias para o casamento, ainda não tenho centro de mesa, alguém tem alguma ideia abençoada? Minha ideia era colocar as toalhas de mesa em vermelho e uma claquete preta e branca como enfeite. Porém, o buffet não tinha toalhas como eu imaginei, as que eles tinham pareciam roupa do papai noel, vermelha de cetim sabe? Então acabei optando por usar preta, o que acabou com a ideia do centro...SOCORRO!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Família


Eles são loucos, barulhentos e gostam de se intrometer na nossa vida, mas não tem ninguém que te queira tão bem ou esteja sempre disponível quando você precisa. Palavrinha de sete letras e que encerra significados mil. Eu amo a minha, acima de tudo. Tenho uma família enorme: minha mãe teve cinco filhos, e minha avó, sete. Consequentemente tenho dezenas de primos e tios, das mais variadas personalidades, idades e manias. Creio que os familiares são nossos primeiros amigos, e se conseguimos continuar juntos, serão sempre os mais próximos: nós sempre conhecemos os defeitos e qualidades e sabemos o que esperar, assim só nos decepcionamos se quisermos. Uma das memórias que me traduzem o amor e cuidado da minha família é a que tenho da minha colação de grau: eu fiquei emocionadíssima de ver todos os meus queridos viajarem 400 kms e estarem lá, me ovacionando e me fazendo sentir tão protegida do mundo. Porque proteção conta muito: não só nas horas boas eu conto com a minha família, mas quando preciso chorar também – como há umas semanas estavam todos em casa tomando cerveja e vendo jogo, toca o telefone falando que minha mãe havia se machucado, e nós todos acabamos a tarde assistindo o jogo na sala de espera da Unimed e comentando das correrias passadas para outros hospitais. Meu casamento, eu creio, é uma das maiores provas de como minha família “viaja nas minhas viagens”: eu inventei o tema e, apesar das piadinhas constantes sobre Adão e Eva, tá todo mundo empolgadíssimo, escolhendo fantasia e se divertindo. Falando em casamento e em família, trouxe hoje o cardápio do casamento para vocês verem, fiquei muito feliz com a arte, feita de novo pela minha irmã-heroína-e fada madrinha Nany! Palpitem aí nos comes, gente!


domingo, 9 de outubro de 2011

Apátrida - Ana Paula Bergamasco

Bom dia meninas! Peço desculpas por mais esse sumiço, mas entre os preparativos para o casamento e um evento grande que estamos organizando no trabalho eu simplesmente não tive tempo de parar e postar (embora tenha passados nos blog amigos e lido, não pude comentar). Eu sei que fiquei devendo um post sobre o Rock in Rio e prometo que vou tentar fazê-lo em breve, mas hoje vim falar de outra de outra coisa: sobre o livro que a Patty me emprestou e eu simplesmente amei. Sou meio fascinada pela Segunda Guerra Mundial, não consigo explicar exatamente porque, mas penso que pode ser pelo absurdo ao que o ser humano chegou e por isso gosto muito de ler livros que são como diários ou relatos de guerra, e nos permitem conhecer a perspectiva de quem esteve lá e tenta explicar ou pelo menos entender como  o ser humano conseguiu chegar a um ponto tão animalesco. Ideologia, condicionamento, ódio, vingança, falsas crenças na superioridade, são valores que eu não consigo apreender, e talvez seja anacrônico tentar.

Sobre o livro especialmente, apesar de ser um romance, creio que conseguiu captar a essência de uma parcela da população que geralmente não é muito divulgada: são comuns os livros sobre os sofrimentos judeus, mas só agora começam a se popularizar os que tratam da vida de pessoas que mesmo não o sendo  sofrendo agruras, foram para os campos de concentração e perderam tudo. A história é muito bem articulada, uma saga familiar empolgante, que eu li em menos de 24 horas. Se, por um lado, o português às vezes deixa um pouco a desejar, o destino de Irena, seus filhos, irmãos e amores é por demais emocionante, confesso que chorei algumas vezes durante a leitura.Enfim, realmente gostei e recomendo a leitura a todo mundo que se interessa pelo tema. Seguem duas frases para vocês sentirem o gostinho:

"Naquele momento tive certeza que o amava. Não saberia traduzir com palavras o que sentia. Era diferente do meu amor por Jacob, ou daquilo que sentia por meus irmãos e parentes. Era um amor suave e tranquilo, daqueles que podem durar uma vida inteira.(p.57)"

"As crianças brincaram até tarde aquela noite e dormiram abraçadas.Por que não podíamos ser como elas, sem preconceitos, rancores e ódios?Por que não deixamos os outros viverem com suas diferenças? Deus não nos deu o livre arbítrio? Se alguma coisa vai contra os nossos princípios, deixamos que as pessoas decidam o que é bom para elas e pronto! A cada um será dado de acorodo com a sua porção de sabedoria.(p.121)"