domingo, 29 de julho de 2012

Um sábado com cara de domingo

Você já tiveram um sábado com cara de domingo? Para mim não tem coisa melhor: ir dormir saber que amanhã você ainda tem outro domingo, é incrível! Ontem foi um dia assim: acordamos preguiçosos, enrolamos até irmos almoçar na casa da minha mãe. Tem coisa melhor do que família reunida? A minha irmã Nany, que mora no Paraná, estava aqui, e é sempre ótimo juntar nós oito ( que logo seremos nove!), é garantia de muitas risadas, e amor transbordante. Ainda mais agora que a Lala vai para tão longe (gente, daqui a Pelotas, onde ela vai fazer faculdade, são 1.600 kms!, dá um aperto no coração) e esses momentos de todos juntos serão cada vez mais escassos. Se pudesse, todos os meus dias seriam assm: em volta de uma mesa transbordando de comida e com as pessoas que eu mais amo no mundo.
Depois do almoço espetacular, o marido e eu fomos ao cinema assistir o novo filme do Batman, o Cavaleiro das Trevas ressurge. Recomendo para todo mundo! O filme tem ação, romance, é emocionante e ainda é cheio de reviravoltas surprrendentes. A Anne Hathaway está divina como Mulher Gato! Adoro filmes que conseguem fazer a gente rir e chorar! Depois me contem o que você acharam. Bom domingo para todo mundo, e força na segunda feira rsrsrs

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Já falei que eu amo o carteiro?

Oi meninas! Vim correndo só para mostrar para vocês a delicadeza que a Patty me mandou. Fiquei que nem criança quando cheguei do trabalho ontem a tarde e dei de cara com a caixa embrulhada rsrs Claro  que, para variar, me faltou habilidade para fotografar, acabei escondendo a parte mais gostosa do meu pacote (literalmente, gente, ela me mandou um coração de chocolate!). Patty, to com dificuldade para saber do que gostei mais e por qual livro começar, estava louca para ler o "A Abadia de Northanger", e  "Um mundo brilhante" parece ótimo!!! Muito obrigada!!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Teorias da Mayara


Assim como todas as pessoas ( eu imagino), eu também tenho teorias que não tem o mínimo embasamento científico (que eu saiba) mas que tenho certeza de serem verdades. Por exemplo, eu sei que é possível analisar a personalidade de uma pessoa somente conhecendo qual o tipo de chocolate preferido dela. Ou mais: energia solar não funciona tão bem quanto dizem, mesmo que todos afirmem - já vi gente tomar banho frio no inverno pois o sistema não funcionou, o que só confirmou essa impressão. Além disso, eu acredito que enquanto ficamos mais velhos, ficamos também mais bregas: algo a ver com parar de ligar para o que os outros pensam e usar o que realmente gostamos, mesmo que sejam roupas com estampas de toalha de mesa. São várias as teorias que eu tenho, sobre tudo, sobre todos e sobre as coisas mais absurdas: a verdade é que eu passo muito do tempo criando ideias mirabolantes, justificativas para ações de todo mundo, incluindo as minhas mesmas. É estranho? Vocês também têm ideias para coisas que não precisariam? Me contem!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Vitanol A


Um tempo atrás eu li um posto no blog da Patty dando “dicas de beleza” criativas. Fiquei pensando se tinha alguma coisa para contar a vocês, mas eu faço a unha fora, não uso maquiagem e quase não consigo lembrar nem de passar hidratante todo dia. Daí lembrei do Vitanol-A. Para quem, como eu, apesar de não estar mais na adolescência ainda não conseguiu se livrar das espinhas e cravinhos, é perfeito! Tem um ótimo custo benefício: o 0,01% custa cerca de R$ 15 reais por aqui, e deixa a pele lisinha e uniforme, dá até uma clareada no rosto, quase um peeling rsrsrs. Vem nas versões gel e creme, eu prefiro o gel, não sei porque, mas me parece que faz mais efeito. Tem que se tomar cuidado: usar pela noite, lavar bem o rosto de manhã e não esquecer do filtro solar, vale a pena! O Vitanol ainda tem ácido retinóico, que ajuda na renovação das células da pele e na produção de colágeno.

* Não custa nada lembrar: Vitanol-A é um medicamento. Quem me passou foi minha dermatologista, quer usar? Procure a sua e veja se é adequado:)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Carlos Drummond de Andrade


Eu sempre me identifiquei com Carlos Drummond de Andrade. Mais do que com Cora Coralina, com Bandeira, Quintana, mais até do que Clarice, com quem por um tempo ensaiei uma aproximação. Drummond tem um jeito de descrever o silêncio, de perceber o etérico, de descrever o jeito gauche que é também o meu jeito de ser! A poesia e o ceticismo do poeta sempre ecoaram em mim, a impressão de estar sempre presa entre um futuro que não chega e um passado que não acaba. Embora tenha nascido em Poços, nada me diferenciaria do autêntico mineiro de Itabira, sempre fui “triste, orgulhoso: de ferro”. Embora não tenha tido um bigode atrás do qual me esconder, por de trás de meus óculos observo pessoas e a vida passando, consigo fazer piada sobre a inutilidade do cotidiano e mesmo assim continuo me comovendo e me sobressaltando com a poesia das coisas mais simples, e com sua dor. Muitas vezes escrevo enormes textos imaginários, que nunca passarão ao papel: é como se embora o coração sinta, os dedos não concordem e se recusam a dar vida a tanta angústia. Apesar da dificuldade do ser, tal como o poeta, não consigo me desligar do dia a dia, e é difícil conviver com pessoas pois é difícil descobrir quem elas são e ainda assim aceitá-las. Como não lembrar daquele "causo" do casal de amigos que, reclamando de tudo, continua visitando o outro? Por conveniência? Por solidão? Interessa mesma o motivo ou só a ação? Mas, mesmo assim, como não amar uma humanidade que vai em frente sem saber porque, é capaz de atos altruístas, se indigna diante do errado e por muitas vezes nos surpreende positivamente?

Igual-desigual
Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são
iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todas as experiências de sexo
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
coisa.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho
ímpar.

Hoje só queria dividir com vocês alguns dos meus escritos preferidos, e espero que vocês gostem tanto quanto eu.

Consolo na Praia 
Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Blue skies are in my head


É engraçado como algumas coisas ficam pequenas quando postas em perspectiva, não? No final, por não ter encanamento, tive que passar uns dias (ainda estou passando, na verdade) na casa da minha mãe, e isso me fez um bem inesperado: conversar com a minha mãe e conviver com os meus irmãos, me trouxe uma calma. A Dona Myrthes me fez abrir os olhos e perceber que eu estava dando importância demais para os defeitos das coisas, e esquecendo de ver as qualidades que primeiro fizeram com que eu gostasse delas. Assim, comecei a segunda-feira com o pé direito e predisposição para ter um dia feliz: não vou brigar com ninguém do Departamento Municipal de Água e Esgoto e nem me estressar por ter que resolver tudo. Vou passar por esse dia com graciosidade e calma, e esperar que ele tenha mesma benignidade para comigo.
Uma imagem singela para homenagear a Tina, a quem eu não conheci, mas senti muito pela perda de todas as amigas blogueiras. Um céu azul de brigadeiro igual ao de Poços hoje, para recebê-la com paz e mansuetude. Toda a força e amor para a família.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Desventuras em série


Hoje eu só preciso de um tempo para ser. Ser sozinha, ser em silêncio. No último mês aconteceram tantas coisas ruins encadeadas que eu estou me sentindo como um afogado: toda vez que eu coloco a cabeça para fora para tomar água, outra onde me atinge. Bateram no nosso caro e fugiram, eu derrubei meu HD externo e ele quebrou, e agora descobrimos que (pasmem!) apesar de termos mudado para a casa há dois anos nunca houve ligação de esgoto dela para a rua. Eu sei que podem parecer coisas pequenas: ninguém morreu e tudo pode ser resolvido. A questão é que essas pequenas coisas ruins que nos acontecem causam um desgaste emocional e físico inevitável: o tempo que você gasta discutindo, argumentando, implorando, fazem com que o dia fique estragado de vez se você não consegue se controlar – eu obviamente não consigo. Não consigo separar, ou brincar de Poliana, como me mandou fazer a minha mãe: to achando tudo um saco. A comida, as pessoas, o ar, o trabalho, tá tudo me irritando e não consigo me concentrar em nada. Para tentar me animar, estou ouvindo essa música faz horas, espero que vocês gostem.
Um fim de semana melhor do que o meu promete para todo mundo!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Venha! Que o que vem é Perfeição!...


 E então eu conheci a Sra. Perfeita. Ela é magra mas sempre acha que pode perder alguns quilinhos, fala tudo corretamente, tem uma história de vida triste mas dignificante. Enfrentou todos os desafios e faz questão de vencer sozinha, cumpre todos os compromissos sociais, nunca está desarrumada e sempre tem razão. Da crise na Ásia ao melhor restaurante da cidade ela sabe de tudo e pode te ajudar. Aliás, não há ninguém mais prestativo que a Sra. Perfeita: ela se oferece mesmo em situações que não a agradem ou nas quais ela não gostaria de se envolver, afinal, quem seria mais magnânima do que ela? No mundo da Perfeição, não existe cansaço, desânimo e nenhum defeito: estão todos sempre dispostos a um bar, uma viagem ou passeio inesperados. O Sr. Perfeito é boa praça, faz tudo o que ela quer e está sempre sorridente: no planeta Perfeição, não existem discussões nem desentendimentos. O sexo é incrível e abundante, a compreensão absoluta e amigos não faltam. Sem gastar muito dinheiro – afinal a mulher perfeita nunca seria consumista- , a Sra. Perfeita está sempre com unhas e cabelos perfeitos, e casa dela de tão organizada poderia ser matéria de revista de decoração. Você podem por quê gastar tanto tempo desfiando um rosário de qualidade de uma pessoa que obviamente não sou eu. Só queria contar que o problema em conviver com a Sra. Perfeita, é que, se você não for segura o suficiente, pode se deixar abater: afinal, ninguém consegue ser tão perfumada quanto ela, tão inteligente, tão magra, tão disposta, em outras palavras - tão perfeita. O que a gente não percebe no começo é que o respeito às convenções sociais - como visitar um colega doente - não é mais do que disfarce para o fato de que ela não liga a mínima para aqueles que estão ao se redor, todos são, na verdade, uma obrigação social. Além disso, depois de um tempo, você pode acabar descobrindo que a sapiência na verdade é insegurança com a própria capacidade intelectual, e beira a arrogância, afinal, se a Sra. Perfeita sabe tudo, o que qualquer outra pessoa no mundo saiba é irrelevante. Pensar que ninguém faz nada tão bem quanto a Sra. Perfeita me deixou cega, fez pensar que agir como sabe-tudo era competência, que ser magra era objetivo de vida, que o importante era ter dinheiro acima de tudo, mesmo que não fosse para gastar, mas para acumular “terras”, assim como fariam meus antepassados. Conviver com a Sra. Perfeita, no final das contas, me cegou por um tempo, mas agora eu gostaria muito de agradecê-la por me ajudar a ver o quão diferente disso tudo eu sou: não ligo para aparências além do necessário, gasto meu dinheiro todo com livros, tenho uma família que é minha rede de apoio, não guardo rancor e sempre dou a cara a tapa por pessoas que não merecem – e provavelmente darei de novo pela Sr.a Perfeita em algum momento do futuro, eu sei - , e estou muito aquém da perfeição. Se é que existe alguma coisa mais perfeita do que saber quem você é e estar confortável com isso.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Palavras ao vento...


Hoje só queria gritar verdades a plenos pulmões. São muitas as certezas que se movem silenciosamente sob minha pele, e aos poucos elas escapam pelos poros, tornando quando impossível meu contar. São palavras que, se ditas, mudariam toda uma realidade: a minha.
A primeira delas me tornaria oficialmente estagnada: eu não quero fazer mestrado. Só de pensar na possibilidade de escrever um projeto ou passar por outra entrevista me sinto suar. Eu sei que ganharia mais dinheiro, que tenho toda capacidade intelectual, que seria um desperdício de potencial e todo o blá blá blá. Mas eu só tenho me arrastado para fora da cama para passar por mais um dia, e não consigo nem pensar em me penalizar com mais uma obrigação.
A segunda verdade me transformaria em um ET e faria com que as outras pessoas me vissem como uma alienada: eu simplesmente, tirando uma viagem sabática para o Peru, não tenho vontade de conhecer o mundo. Eu gosto de viajar pela literatura, e nas aventuras dos outros, mas quando penso em viajar por mim mesma, vem toda a dificuldade, a mala, a saudade da minha cama, a obrigação de querer sair e ver coisas. Não, obrigada.
A terceira seria uma bomba nas minhas tentativas recentes de me adequar: eu simplesmente não me interesso a mínima em estar magra. Tenho muito mais prazer comendo uma coisa gostosa do que comprando roupas um número menor, e desde que eu estou saudável, não consigo me obrigar a me encaixar em um padrão normal, só isso.
Uma outra verdade interessante: eu sei que a maioria das pessoas acha meu marido chato. Tenho consciência de que ele tem uma personalidade não muito expansiva e é cheio de vontades, mas ele é a pessoa que eu escolhi para passar minha vida e, se for sincera comigo mesmo, preciso admitir que eu já sabia tudo isso antes do casamento. É que eu prefiro ele assim, e me amando como eu sou, e ficando em casa quando eu quero do que ter me casado com o Sr. Perfeito e ter que ser a Sra. Perfeita. Ele pode não ser expansivo, nem a alma da festa: mas respeita quem eu sou, não repara nas minhas roupas a não ser para elogiar, não exige que eu seja magra e muito menos faz questão que eu vá ao salão de cabeleireiro. A diferença essencial na minha opinião é que eu não sou uma esposa perfeita para exibir, sou a mulher que ele escolheu para ser a companheira e a quem ele essencialmente ama.
Mas vocês sabem, palavras são muito definitivas, então eu não vou afirmar nada disso com certeza, e vocês sempre podem fingir que não leram.